A CIDADANIA DE ZÉ FRANCISCO E A HISTÓRIA ‘FEITA DE BAIXO’: OS MOVIMENTOS SOCIAIS DE LUTA PELA TERRA. PARTE I: DA DITADURA MILITAR A REDEMOCRATIZAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.25247/2447-861X.2017.n240.p10-42Palavras-chave:
Campesinato. Luta pela terra. Movimentos sociais. Reforma agrária,Resumo
Este artigo deriva de matéria antropológica e oral coletada através de 40 anos, principalmente na Chapada Diamantina baiana. Dá um panorama da luta pela terra nas décadas de 1970 e 1980, desde a Bahia até o Acre. Porém sua ênfase principal é nas raízes desta luta, na dinâmica da própria história camponesa, nos níveis locais e regionais. Examina a incorporação desta dinâmica e as suas afiliações políticas em torno da questão da reforma agrária nos princípios da Nova República, quando, na prática o MST já substituía o INCRA como o motor principal da tentativa de democratizar a estrutura agrária no país. Este artigo fornece um contexto histórico para a questão dos assentamentos e da agricultura familiar na política agrária contemporânea, dominada pelo agronegócio. A realidade atual será avaliada na segunda parte deste artigo, que retomará a história das mesmas comunidades da Chapada aqui estudadas, dos anos 90 até o presente. A forma narrativa deste trabalho se explica no próprio texto.
Referências
BRYANT, Raymond L.; BAILEY, Sinead. Third World Political Ecology. London, Routledge, 1997 tire esta referência]
FUKUYAMA, Francis O fim da história e o último homem. Rio de Janeiro, Rocco, 1992
GANZER, Avelino Trabalhadores: A experiência e as propostas táticas para a explosiva questão agrária. Teoria e Debate 5/mai/2010
HECHT, Susanna, COCKBURN, Alexander The Fate of the Forest: developers, destroyers and defenders of the Amazon. New York, Verso, 1989
HENFREY, Colin “Da Sèsmaria à Reforma Agrária: a historia oral de Canabrava”, Cadernos do CEAS 116, p.30-45, julho/agosto 1988
INCRA, História da Reforma Agrária, Brasília 2016 (http://www.incra.gov.br/reformaagrariahistoria)
LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, Enxada e Voto. 7ª ed. São Paulo, Companhia das Letras, 2012.
MOORE JR., Barrington As Origens Sociais da Ditadura e da Democracia: Senhores e Camponeses na Construção do Mundo Moderno, São Paulo, Edições 70, 2010
OBERG, K. The Marginal Peasant in Brazil, America Anthropologist, 67,1965
PAGINA RURAL 13 de outubro de 2009 ‘DF: Katia Abreu apresenta pesquisa da CNA no Senado e diz que o Incra está criando favelas rurais’ (http://www.paginarural.com.br/noticia/120980/katia-abreu-apresenta-pesquisa-da-cna-no-senado-e-diz-que-o-incra-esta-criando-favelas-rurais)
PANG, Eul-Soo. Coronelismo e Oligarquias, 1889-1943: A Bahia na Primeira
República. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1979.
PATATIVA DO ASSARÉ. Cante Lá que Eu Canto Cá. Petropolis, Editora Vozes, 1978
SANTOS FILHO, Lycurgo História de Uma Comunidade no Sertão Bahiano, São Paulo, Cia Ed. Nacional, 1956
SORJ, Bernardo Estado e Classes Sociais na Agricultura Brasileira, Rio, Zahar, 1980
SOUZA MARTINS, José de. O Cativeiro da Terra. São Paulo: Hucitec, 2004
TOMAZ, Rogério Manoel da Conceição a Lula: o limite é a nossa dignidade. Conexão Brasília Maranhão 10/06/2010
UFBA/Projeto GeografAR. Estado da bahia - projetos de assentamentos de reforma agrária, 1985-2015 Salvador, UFBA, dezembro/2015
VELHO, Otávio Frentes de Expansão e Estrutura Agrária, Rio, Zahar, 1972.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à Cadernos do CEAS: Revista Crítica de Humanidades o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta Revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que reconheça e indique a autoria e a publicação inicial nesta Revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer momento depois da conclusão de todo processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).