A ESPACIALIZAÇÃO DA MORTE E PADRÕES MÓRBIDOS DE GOVERNANÇA ESPACIAL: HOMICÍDIOS DE JOVENS EM SALVADOR 2010-2015

Autores

  • Márcia Esteves de Calazans UCSAL Universidade Católica do Salvador
  • Bianca Santos Souza UCSAL
  • Karina Matos da Silva Moitinho UCSAL
  • Caroline Ribeiro Cardoso UCSAL
  • Rafael Casais Neto

DOI:

https://doi.org/10.25247/2447-861X.2016.n238.p568-594

Palavras-chave:

Governança Espacial. Territórios. Espaço Urbano. Juventudes.

Resumo

Este artigo apresenta os resultados da pesquisa Organização Social do Território e os Homicídios dos Jovens em Salvador (2010-2015), concluída no primeiro semestre de 2016. A distribuição desigual das mortes violentas no espaço urbano da cidade de Salvador e as áreas urbanas da periferia que concentram elevadas estatísticas de violência letal possibilita-nos denominar a existência da espacialização da morte. Os dados sugerem como apontou Jaime Amparo Alves (2011) em estudo semelhante para a Cidade de São Paulo, que a distribuição desigual da morte nessa cidade se constitui em uma necropolítica estatal de gestão do espaço urbano e controle da população, seja por omissão, seja por cumplicidade, com os padrões mórbidos de relações raciais no Brasil. Com a metodologia baseada na análise de dados secundários, esta investigação se coloca como uma possibilidade de visualizar as distribuições e distinções na produção da violência homicida, além de proporcionar um ponto de partida para críticas teóricas e metodológicas sobre a forma e construção dos dados oficiais. 

Biografia do Autor

Márcia Esteves de Calazans, UCSAL Universidade Católica do Salvador

Doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009), com pós-doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do RGS e Universidade de São Paulo (2012) junto ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - INCT/CNPq: Violência, Democracia e Segurança Cidadã . Mestre em Psicologia Social e Institucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003). Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1992). Tem experiência na área da Psicologia Social e Sociologia da Violência e das Conflitualidades. Tem dedicado-se aos estudos sobre política publica de segurança , territórios, questão racial, gênero, genocídio da juventude negra . Nesse sentido o interesse nestes temas recai sobre problematizações a respeito dos marcadores sociais da diferença, e a produção de lugares, territórios, saberes, sujeitos, identidades e sociabilidades em contextos urbanos periféricos, bem como suas dinâmicas espaciais e os mecanismos de controle social e as formas de resistências através da educação, arte e cultura. Tem pesquisado sobre homicídios de jovens negros em Salvador/Bahia (2011-2015). Atualmente é professora da Universidade Católica do Salvador no Programa de Mestrado e Doutorado em Políticas Sociais e Cidadania . É coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares sobre Violências, Democracia, Controle Social e Cidadania/CNPq. Recebeu Prêmio CLACSO-ASDI (2010) ,Selecionada en el Concurso de proyectos para investigadores de América Latina y el Caribe en la categoría "Consolidación Académica". ?Violencias, seguridad y construcción de ciudadanía en América Latina y el Caribe? . Projeto: A Participação de Mulheres nas Policias Ostensivas em países da América Central:Guatemala, Nicarágua, El Salvador e Honduras.Parecerista ad hoc para a Revista Katálysis.

 

Bianca Santos Souza, UCSAL

Bolsista de Iniciação Cientifica , Bacharelanda em Direito UCSAL

Karina Matos da Silva Moitinho, UCSAL

Bacharel em Direito. Bolsista PIBIC no NEVIDE.

Caroline Ribeiro Cardoso, UCSAL

Bacharelanda em Direito, UCSal.

Voluntaria do NEVIDE

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Publicado

2016-12-15

Como Citar

de Calazans, M. E., Souza, B. S., Moitinho, K. M. da S., Cardoso, C. R., & Casais Neto, R. (2016). A ESPACIALIZAÇÃO DA MORTE E PADRÕES MÓRBIDOS DE GOVERNANÇA ESPACIAL: HOMICÍDIOS DE JOVENS EM SALVADOR 2010-2015. Cadernos Do CEAS: Revista crítica De Humanidades, (238), 568–594. https://doi.org/10.25247/2447-861X.2016.n238.p568-594

Edição

Seção

Artigos

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