AJUSTE FISCAL E AS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS: A NOVA INVESTIDA DO BANCO MUNDIAL

Autores

  • Graça Druck Universidade Federal da Bahia
  • Luiz Filgueiras Universidade Federal da Bahia
  • Uallace Moreira Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.25247/2447-861X.2017.n242.p602-634

Palavras-chave:

Universidades Públicas Federais, Banco Mundial, Ajuste Fiscal.

Resumo

Este texto faz uma análise crítica do mais recente “estudo” do Banco Mundial sobre os gastos do Estado brasileiro, em especial aqueles referentes às Universidades Públicas Federais, que defende o ajuste fiscal em curso no Brasil. Evidencia que o centro de sua argumentação é de caráter essencialmente produtivista, financeiro e privatizante - uma análise economicista, de custo-benefício, que é própria da tradição neoclássica na Ciência Econômica. E, mais do que isso, parte de uma posição, a priori, que é típica dessa Instituição, e que se alinha à mesma ótica do FMI e dos governos dos EUA, qual seja: a de que os países da periferia do capitalismo gastam mais do que podem, tendo, por consequência, o aparecimento de déficits públicos.

Biografia do Autor

Graça Druck, Universidade Federal da Bahia

Professora Titular da Faculdade de Filosofia e Ciências
Humanas da Universidade Federal da Bahia.

Luiz Filgueiras, Universidade Federal da Bahia

Professor titular da Faculdade de Economia da Universidade Federal da Bahia.

Uallace Moreira, Universidade Federal da Bahia

Professor Adjunto da Faculdade de Economia Universidade Federal da Bahia.

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Publicado

2018-03-10

Como Citar

Druck, G., Filgueiras, L., & Moreira, U. (2018). AJUSTE FISCAL E AS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS: A NOVA INVESTIDA DO BANCO MUNDIAL. Cadernos Do CEAS: Revista crítica De Humanidades, (242), 602–634. https://doi.org/10.25247/2447-861X.2017.n242.p602-634

Edição

Seção

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