A dimensão política dos “conhecimentos tradicionais” na Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.25247/2447-861X.2005.n216.p%25pResumo
As polêmicas em torno da relação entre a fragilidade do “ecossistema amazônico” e as “alternativas de desenvolvimento” têm sido marcadas, a partir de 1988, com a intervenção sistemática dos movimentos sociais, por uma ruptura radical com esquemas de pensamento dos documentos oficiais de planejamento e da política ambiental, apontando para uma noção de “ecossistema amazônico” que não se reduz mais ao quadro natural. Nesse artigo, o Autor discorre sobre o processo de fortalecimento dos movimentos sociais e de afirmação étnica, indagando, entre outras coisas, em que medida pode-se articular o conhecimento científico responsável com o “conhecimento nativo” dos recursos naturais amazônicos e quais as possibilidades destes saberes virem a ser incorporados e “protegidos” por políticas governamentais.
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