UMA VISÃO CRÍTICA DA COOPERAÇÃO SUL-SUL: PRÁTICAS, ATORES E NARRATIVAS
DOI:
https://doi.org/10.25247/2447-861X.2017.n241.p392-417Palavras-chave:
Cooperação Sul-Sul. Desenvolvimento. Brasil. Movimentos sociais.Resumo
O ressurgimento das práticas de cooperação Sul-Sul (CSS) na última década gerou um intenso otimismo sobre as novas formas de cooperação para o desenvolvimento, mas também um debate sobre em que medida estas práticas realmente redimensionam o panorama internacional, alteram as relações Norte-Sul e oferecem novas solidariedades e oportunidades de desenvolvimento. O espaço internacional parece estar aberto a vozes mais plurais, mas boa parte dos países e povos do Sul ainda permanecem excluídos dos principais debates e instituições. Neste artigo, utilizando o caso da CSS brasileira como exemplo, analisamos as causas e impactos que essa incorporação/exclusão de atores, a partir de uma visão crítica das disputas e dos sentidos da cooperação no tocante às práticas, aos atores e às narrativas, para recuperar alguns debates em torno ao desenvolvimento que nos parecem centrais. Para isso, parece-nos insuficiente entender essa cooperação internacional unicamente a partir da análise da política externa, já que não é possível separar essa política e a ação dos Estados da ordem global na qual estão inseridos: o sistema internacional de cooperação para o desenvolvimento atua não somente como um conjunto de atores, instituições e normas, mas também como sistema de legitimação da hegemonia na atual ordem global. Diante disso, uma possível renovação do Espírito de Bandung, que deu origem à CSS, exige articular os atores de um Sul Global cujas práticas emancipatórias entrelaçam narrativas solidárias alternativas.
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