ONDE ESTÃO AS LUTAS PELA REFORMA AGRÁRIA?
DOI:
https://doi.org/10.25247/2447-861X.2016.n237.pp.%20254-274Palavras-chave:
Territórios. Autonomia. Descolonização. Violência. Insurgência.Resumo
Este artigo busca evidenciar os atuais sujeitos emergentes da luta por terra, após a evidente falência das políticas públicas, erroneamente chamadas de reforma agrária. Sem mitificar as atuais lutas camponesas no Brasil, protagonizadas sobretudo por povos originários e comunidades tradicionais, pomos o acento sobre os paradigmas da resistência e da autonomia territorial, à revelia do capital e do Estado. Entre as várias "vias campesinas", destacamos o movimento dos quilombolas e o dos povos do Xingu. Em suma, apoiamos a perspectiva de uma reforma agrária construída a partir da iniciativa camponesa. Ao mesmo tempo, apontamos para a fundamental importância das religiosidades e espiritualidades nos processos atuais de organização, articulação e mobilização dos movimentos sociais no campo.
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