A GEOGRAFIA DO ETHOS CAPITALISTA NO CARIRI CEARENSE

Autores

  • Claudio Ubiratan Gonçalves

DOI:

https://doi.org/10.25247/2447-861X.2006.n223.p69%20-%2080

Resumo

O território é sagrado pela fartura que detém em recursos hídricos, proporcionando cultivo agrícola e o desenvolvimento de atividades econômicas. Quando comparada com as demais regiões do Nordeste seco, o Cariri assume uma posição importante no rol da produção por causa de seu tipo de solo e fertilidade, além da potencialidade de riqueza que a terra pode gerar. O Cariri Cearense (Cariris Novos), ao lado do Cariri Paraibano (Cariris Velhos), são os mais conhecidos e declamados, seja através dos investimentos exógenos, que criaram os famigerados planos das agências estatais, como a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o Departamento de Obras contra as Secas (DNOCS), ou de forma muito incipiente e superficial, pelo foco científico da Antropologia, Geografia e História, e ainda pelos causos guardados na memória popular, que citam as regiões pela prosa e poesia. Existe na literatura uma diversidade de abordagem por conta das formas diferenciadas e de compreensão do termo Cariri. Identificamos pelo menos quatro tipos de abordagens que sofreram variações ao longo do tempo. A primeira forma aborda o Kariri dos índios. A segunda, a dos coronéis. A terceira, o Cariri da Igreja Católica e, finalmente, o Cariri do Estado. Após esta passagem pelos diversos Cariris, fica a questão: é possível falar num único Cariri? Ou devemos trabalhar com a idéia de pluralidade dos Cariris? Por outro lado, como se deu a metamorfose dos Kariris para Cariri e a inversão do foco de interesse dos índios ao lugar? Neste sentido, tecemos o fio dos acontecimentos que envolveram a complexa trama da formação territorial do Cariri. A aspereza da escassez de registros nos obrigou em dado momento a destacar determinados aspectos em detrimento de outros, mas nada que comprometesse a construção de nosso raciocínio geográfico. Recorremos a uma leitura que trata os Kariris enquanto grupo étnico-lingüístico que compõe os indígenas tapuias. Adicionamos relatos de viajantes, registros de cronistas e informações da tradição oral.

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Publicado

2016-06-17

Como Citar

Gonçalves, C. U. (2016). A GEOGRAFIA DO ETHOS CAPITALISTA NO CARIRI CEARENSE. Cadernos Do CEAS: Revista crítica De Humanidades, (223), 69–80. https://doi.org/10.25247/2447-861X.2006.n223.p69 - 80

Edição

Seção

Artigos

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