MOVIMENTOS SOCIAIS E MEIO AMBIENTE: UM OLHAR A PARTIR DA JUSTIÇA SOCIOAMBIENTAL
DOI:
https://doi.org/10.25247/2447-861X.2024.n261.p228-254Palavras-chave:
Justiça socioambiental, Globalização, Espiritualidade libertadoraResumo
O presente artigo busca analisar e elucidar sobre a perspectiva de um ideal de Justiça Social e Justiça Ambiental relacionados à busca de alternativas para o processo de Globalização neoconservadora que desfigura o ser humano e a natureza. Identificou-se que o neoliberalismo é a face mais perversa do capitalismo porque leva a pauperização da classe trabalhadora e a destruição do meio ambiente comprometendo a vida na terra. Constata-se que não há saída dentro do modo de produção capitalista porque sua base, seu único sentido e sua dinâmica é a exploração, lucro e acúmulo. Para fazer face a esse desafio e afirmar a dignidade humana e os direitos da natureza – “Mãe Terra/Casa Comum” – a alternativa são os Movimentos Sociais que lutam para a manutenção e aprimoramento da Justiça Socioambiental no desafio de promoção do desenvolvimento sustentável referidos na Agenda 2030 da ONU que tem como um dos objetivos erradicar a fome e garantir a segurança alimentar para todos e todas. À luz da Carta Encíclica ‘Laudato Si’, reflete-se sobre o diálogo ecumênico e a conversão como caminho de uma ecologia integral, baseada numa espiritualidade libertária em que a “cultura do cuidado” para com toda a criação propicie uma coexistência harmônica entre o ser humano e a natureza.
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